Saiba mais sobre a relação entre a condição e as doenças existentes

O sopro é um ruído ocasionado pela passagem de sangue nas estruturas do coração. Esse barulho pode indicar que alguma coisa não está funcionando como deveria, por isso é necessário avaliar o problema. A condição não é classificada como doença, mas traz indício da existência de doença.

Segundo o especialista em cardiologia Gilmar Reis, o sopro pode ser classificado como funcional ou patológico. “O tipo funcional, ou inocente, geralmente é comum em até 50% das crianças saudáveis, já o tipo patológico está associado a doenças cardiológicas. É necessário se atentar aos sintomas que estão relacionados a essa última condição”, afirmou.

Principais Riscos

Inchaço, falta de ar e pele azulada são exemplos de sintomas que podem estar associados ao sopro no coração. Ao se atentar a esses sintomas é possível detectar a causa que levou a condição, caso seja um problema cardíaco. “Não existe uma explicação precisa para o surgimento da doença. O sopro patológico pode ser congênito ou adquirido, podendo inclusive estar associado a infecções”.

O especialista ainda afirma que a condição em si não é necessariamente grave e não traz grandes riscos para saúde. “Quando a origem é do tipo funcional, o sopro no coração não traz riscos. Já em casos que se encaixam no tipo patológico, deve ser feitos exames para que descobrir a causa e assim direcionar o melhor tratamento”.

As doenças mais comuns relacionadas ao sopro no coração envolvem o funcionamento das valvas. “O coração tem quatro valvas, que devem agir de forma sincronizada para que o sangue seja bombeado para o resto do corpo. Quando acontece algum defeito no componente das valvas, ou o estreitamento delas, é comprometido o bombeamento do sangue, trazendo risco de vida”, complementou.

O médico acrescenta que existem problemas que podem surgir nas crianças que podem afetar as valvas cardíacas anos após, sendo necessário nestes casos acompanhamento especializado.

Tratamento

O tratamento vai depender das causas do sopro cardíaco. “O tratamento é cirúrgico em vários casos, e em outros pode ser controlado por meio de medicações. Dependendo a doença diagnosticada como causa do sopro, a mesma é tratada diretamente para que a condição desapareça. Casos em que o sopro é inocente não é necessário tratamento”, concluiu o especialista.

Fonte: Dr. Gilmar Reis, clínico geral e especialista em cardiologia. É pesquisador e coordenador do curso de medicina da PUC-Minas, em Contagem (@dr_gilmarreis).


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